Correlação de fatores dento-craniofaciais, questionário de sono SDSC e polissonografia de crianças com distúrbios respiratórios do sono
Tipo de acesso
Acesso aberto
Data
2020-08-12Autor
Bozzini, Maria Fernanda Rabelo
Orientador
Di Francesco, Renata Cantisani
Tipo
Tese de Doutorado
Instituição
Universidade de São Paulo
Faculdade
Faculdade de Medicina
Metadata
Mostrar registro completoResumo
OBJETIVO: Associar características clínicas e anatômicas de crianças com hipertrofia das tonsilas faríngea e palatinas à gravidade dos quadros da Apneia Obstrutiva do Sono, de modo a auxiliar os clínicos no processo diagnóstico e gerenciamento dos riscos cirúrgicos e acompanhamento pós-operatório. MÉTODOS: Pesquisa multidisciplinar de desenho transversal. Foram selecionadas 58 crianças brasileiras (4-9 anos), com hipertrofia das tonsilas faríngea e palatinas, queixas de ronco, respiração oral e episódios presenciados de apneia. Foram excluídas crianças com comprometimento de fatores genéticos, craniofaciais, neurológicos ou psiquiátricos. Não foram selecionadas crianças com hábitos parafuncionais, perda precoce dentária ou que estivessem em tratamento ortodôntico. Todas as crianças realizaram polissonografia e três foram excluídas por apresentarem índice de apneia e hipoapneia menor do que um ou saturação mínima de oxigênio maior do que 92%. A amostra foi composta por 55 crianças classificadas com apneia obstrutiva do sono leve (33 crianças) e moderada/ grave (22 crianças). Foi realizada detalhada avaliação de variáveis demográficas, antropométricas, otorrinolaringológicas e ortodônticas. Os sintomas dos distúrbios do sono foram avaliados usando o questionário Sleep Disturbance Scale for Children. Todas as crianças também foram submetidas à telerradiografia lateral sendo realizadas as análises cefalométricas de Rickett's e Jarabak e Fizzel. RESULTADOS: Os fatores demográficos, antropométricos, otorrinolaringológicos, questionário do sono e avaliação ortodôntica clínica testados não apresentaram diferenças estatisticamente significativa entre o grupo de apneia obstrutiva do sono leve e o grupo de apneia obstrutiva do sono moderada/ grave. O ângulo de profundidade facial, da análise cefalométrica de Ricketts, foi a única variável que apresentou diferença estatisticamente significativa (p = 0,010), porém, esta medida por si só não expressa o verdadeiro padrão de crescimento da criança, uma vez que este é estabelecido pela média aritmética da diferença entre valores normais e os medidos de cinco grandezas cefalométricas. CONCLUSÕES: Os critérios clínicos avaliados não apresentaram influência na gravidade dos quadros da doença. Não foi possível determinar uma relação causal direta entre morfologia craniofacial e a gravidade da apneia obstrutiva do sono em crianças
Palavras-chave
Criança Hipertrofia Polissonografia Síndromes da apneia do sono Sono Tonsila faríngea Tonsila palatina
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