Distribuição das fibras colágenas e do sistema de fibras elásticas na camada superficial da lâmina própria da prega vocal com edema de Reinke
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Data
2008Autor
Sakae, Flavio Akira
Orientador
Tsuji, Domingos Hiroshi
Tipo
Tese de Doutorado
Instituição
Universidade de São Paulo
Faculdade
Faculdade de Medicina
Metadata
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A fisiopatologia do edema de Reinke ainda permanece desconhecida e poucos estudos abordam sobre as alterações das proteínas fibrosas, colágeno e elastina, na matriz extracelular da prega vocal com edema de Reinke. Por isso, este estudo foi idealizado para descrever a distribuição das fibras colágenas e do sistema de fibras elásticas do espaço de Reinke com edema de Reinke comparando com a prega vocal normal e com a severidade do edema. Foram obtidas 20 amostras de pregas vocais de indivíduos com edema de Reinke, sendo nove casos com edema de Reinke grau II e 11 casos grau III. Dezessete indivíduos eram do sexo feminino e três do sexo masculino, com idade variando de 47 a 62 anos (55 ± 4,4 anos). Quinze pacientes eram tabagistas e cinco ex-tabagistas, média e desvio padrão de 22 ± 10,7 maço/ano. O tempo de disfonia apresentou média e desvio padrão de 36 ± 16,6 meses. Dez pregas vocais normais de laringes humanas excisadas foram utilizadas como controles. Os métodos da Picrossírius-polarização e da Resorcina-fucsina de Weigert com oxidação prévia pelo oxone 10% foram empregados para visualização das fibras colágenas e do sistema de fibras elásticas, respectivamente. Uma avaliação semiquantitativa foi utilizada para categorizar os resultados histológicos que foram correlacionados com a idade, consumo de cigarro, tempo de disfonia e com a severidade do edema. Evidenciou-se que o arranjo entrelaçado das fibras colágenas semelhante a uma cesta de vime observado em pregas vocais normais estava desestruturado no edema de Reinke. A desestruturação foi caracterizada por um afastamento das fibras, fragmentação, formando áreas esparsas e tomadas por um estroma mixóide de quantidade variável. Todos os casos de edema de Reinke mostraram uma maior preservação do arranjo das fibras colágenas próximo ao epitélio da prega comparada com as fibras da camada mais profunda do espaço de Reinke. O arranjo do sistema de fibras elásticas formado por fibras finas e onduladas paralelas à membrana basal do epitélio e uma rede de fibras mais finas, logo abaixo da membrana basal do epitélio observado em pregas vocais normais estava desestruturado no edema de Reinke. Na avaliação semiquantitativa observou-se que moderada e intensa desestruturação ocorreram em 90% dos casos com relação às fibras colágenas e em todos os casos para o sistema de fibras elásticas. Houve uma correlação estatisticamente significante entre a idade e o grau de desestruturação das fibras colágenas (r=0,47, p=0,037). Houve diferenças estatisticamente significantes entre os edemas grau II e III quanto à desestruturação das fibras colágenas (p=0,007) e quanto à idade (p=0,036). Observamos com este estudo que as alterações nas proteínas fibrosas presentes no edema de Reinke podem contribuir com a deformidade da prega vocal
DOI
10.11606/T.5.2008.tde-31102008-173147
Áreas do conhecimento
Bucofaringolaringologia
Palavras-chave
Collagen Elastic tissue Laryngeal edema Mucous membran Vocal cords Colágeno Cordas vocais Edema laríngeo Membrana mucosa Tecido elástico
URI
https://digital.bibliotecaorl.org.br/handle/forl/117https://doi.org/10.11606/T.5.2008.tde-31102008-173147
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- Tese [47]