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dc.contributor.advisorVoegels, Richard Louis
dc.contributor.authorGomes, Sara Costaen
dc.date.accessioned2024-08-06T19:57:43Z
dc.date.available2024-08-06T19:57:43Z
dc.date.issued2022-11-30
dc.identifier.urihttp://digital.bibliotecaorl.org.br/handle/forl/500
dc.identifier.uri
dc.description.abstractINTRODUÇÃO: Rinossinusite crônica é uma inflamação da mucosa do nariz e seios paranasais, que ocorre em > 10% dos adultos na Europa e tem um impacto significativo na saúde e qualidade de vida globalmente. Os sintomas comuns incluem hiposmia ou anosmia, congestão, secreção nasal e dor ou pressão facial, com duração de pelo menos 12 semanas. Dentre todos os sintomas que a rinossinusite crônica com pólipos nasais (RSCcPN) pode apresentar, o distúrbio olfatório ocorre em aproximadamente 80% dos casos e é considerado um dos sintomas mais importantes pelos pacientes em consultas de rotina. Neste trabalho, avaliamos a evolução do olfato em pacientes com polipose nasal severa não controlada submetidos à cirurgia Reboot ou à cirurgia endoscópica de rotina, correlacionando com a recorrência de polipose a longo prazo. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Este estudo se baseia em uma parte retrospectiva, do tipo caso-controle, e uma parte prospectiva do tipo coorte. No estudo retrospectivo, os dados clínicos foram coletados de 168 pacientes com RSCcPN, os quais foram submetidos a pelo menos uma cirurgia dos seios nasais no Hospital Universitário de Gent, Bélgica, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2015. A amostra total foi dividida em grupo Cirurgia Endoscópica Estendida, chamada cirurgia Reboot, com 140 pacientes, e em Cirurgia Endoscópica Funcional dos seios, denominada ESS, com 28 pacientes. Os dados sobre olfato foram coletados dos prontuários do arquivo eletrônico, em Upper Airways Research Laboratory, no Hospital UZ Gent. Os cirurgiões preencheram os prontuários com a descrição da técnica cirúrgica utilizada e com a descrição relatada pelos próprios pacientes sobre seu olfato em porcentagem, durante as consultas pré e pósoperatórias (3, 6, 9, 12, 18 e 24 meses após). Os intervalos propostos foram 0 (pontuação 0), 1-30% (pontuação 1), 31-70% (pontuação 2), 71-100% (pontuação 3). No estudo prospectivo, coletamos amostras de mucosa olfatória e de pólipos nasais de 16 pacientes com RSCcPN, além amostras de cornetos inferiores de 20 pacientes grupo controle não-RSC, para análise de biomarcadores (IL1-, IL4, IL5, IL6, IL17, CCL3, CCL4, G-CSF, SEIgE, total IgE e ECP). Adicionalmente, acompanhamos 12 pacientes com RSCcPN através de Sniffin Sticks testes para avaliação do olfato, 1-4 dias previamente e 1, 3 e 6 meses posteriormente à cirurgia Reboot. RESULTADOS: Retrospectivamente, o sentido do olfato esteve em quase todo período de 2 anos analisado melhor no grupo Reboot. Embora ambos os grupos apresentem resultados similares até 9 meses, após este período, uma ampla diferença foi demonstrada. Diferença prévia vs pós 3 meses para cada grupo, p < 0.05; 18 meses pós Reboot vs 18 meses pós ESS, p = 0.007; e 24 meses pós Reboot vs 24 meses pós ESS, p = 0.001; além disso, em 2 anos de acompanhamento, taxas mais altas de recorrência de pólipos foram descritas no grupo ESS, independentemente do tamanho dos pólipos encontrados (NPS 1, p = 0.038; NPS > 2, p = 0.044). O estudo prospectivo demonstrou que o tecido olfatório de pacientes com RSCcPN apresenta resposta inflamatória do tipo-2, similar aos tecidos de pólipos nasais. Além disso, demonstramos que houve melhora objetiva olfatória contínua por 6 meses pós Reboot, com melhora significativa em 1 mês de pós-operatório. CONCLUSÕES: A cirurgia Reboot melhora significativamente a função olfatória, baseado em acompanhamento retrospectivo de 2 anos e prospectivo de 6 meses. Secundariamente, demonstramos que ocorre inflamação tipo-2 na mucosa olfatória de pacientes com RSCcPN severa e que há maiores taxas de recorrência de pólipos no grupo ESS. Concluímos que a cirurgia Reboot deve ser considerada para pacientes com RSCcPN severa não controlada para oferecer olfato a longo prazo e status livre de pólipos, especificamente quando houve falha da ESS.en
dc.language.isopt_BRen
dc.rightsAcesso abertoen
dc.source.urihttps://doi.org/10.11606/T.5.2022.tde-13042023-165634
dc.subjectAnosmiaen
dc.subjectOlfatoen
dc.subjectPólipos nasaisen
dc.subjectProcedimentos cirúrgicos nasaisen
dc.subjectSinusiteen
dc.subjectTranstornos do olfatoen
dc.subject.classificationRinologia
dc.subject.classificationRinologia
dc.titleAnálise da cinética olfatória em pacientes portadores de rinossinusite crônica com polipose nasal tipo-2 submetidos à cirurgia Rebooten
dc.typeTeseen
dc.typeTese de Doutorado
dc.contributor.institutionUniversidade de São Paulo
dc.contributor.schoolFaculdade de Medicina
dc.contributor.departmentOtorrinolaringologia


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