dc.description.abstract | INTRODUÇÃO: a obstrução nasal é um achado comum em pacientes portadores de deficiência maxilar transversa, uma vez que nesta deformidade, a distância entre as paredes laterais da cavidade nasal e o septo nasal está frequentemente diminuída, o que acarreta maior resistência ao fluxo aéreo nasal, resultando dificuldade respiratória por esta via. Os procedimentos de expansão rápida da maxila assistida cirurgicamente (ERMAC) são os de eleição para o tratamento da atresia maxilar em pacientes adultos e, após a cirurgia, além do aumento nas medidas lineares transversas maxilares, há uma ampliação do assoalho nasal, o que reduz a resistência à passagem do fluxo de ar. OBJETIVO: determinar a variação da resistência aerífera nasal em pacientes adultos, portadores de atresia maxilar, após a ERMAC, com o uso da fluidodinâmica computacional (CFD) aplicada nas tomografias computadorizadas dos pacientes da pesquisa, além de realizar a análise dos sintomas subjetivos de obstrução nasal, antes e após a ERMAC, por meio da utilização da Escala Visual Analógica (EVA) de quanto o paciente possui a sensação de respiração apenas pelo nariz, e através de um questionário denominado de Escala de Avaliação dos Sintomas de Obstrução Nasal (NOSE). O estudo também avaliou as variações das medidas ortodônticas das arcadas maxilares, por meio de modelos de estudo em gesso, nos pacientes submetidos à ERMAC e correlacionou a resistência aerífera nasal com as medidas lineares maxilares, após a realização da ERMAC. RESULTADOS: houve redução estatisticamente significante na resistência aerífera nasal (p=0,002) de pacientes adultos, portadores de atresia maxilar, após a expansão ERMAC, avaliada pela CFD, sendo uma redução de 21% ao impedimento do fluxo aerífero transnasal. As medidas do NOSE foram diferentes antes e após a cirurgia (p < 0,001), com melhora nas respostas referentes aos sintomas de obstrução nasal. Os valores da escala visual analógica de qualidade respiratória pelo nariz apresentaram melhora após a cirurgia, com e sem o uso de vasoconstritor nasal, em ambas as narinas (p < 0,001). As medidas transversas entre os caninos superiores, pré-molares superiores, molares superiores, o comprimento anteroposterior e o perímetro do arco maxilar apresentaram diferenças estatisticamente significativas após a cirurgia. Os valores no pós-operatório foram superiores, quando comparados aos valores iniciais (p < 0,001). Encontrou-se correlação inversamente proporcional (um aumentou e o outro diminuiu) na medida linear transversa entre os dentes primeiros pré-molares superiores com os da resistência aerífera nasal, após a cirurgia (r=-0,395; p=0,034) e, também, entre os valores da medida linear transversa dos dentes primeiros molares superiores e da resistência ao fluxo aéreo transnasal, após a cirurgia (r=- 0,383; p=0,040). CONCLUSÕES: tais resultados demonstram que expandir as regiões transversas mais posteriores da maxila resultam em diminuição da resistência ao fluxo aéreo, no interior das cavidades nasais. Assim, concluise que a ERMAC, com relação à parâmetros subjetivos e objetivos da respiração nasal, diminui os sintomas obstrutivos e melhora a qualidade respiratória nasal, no dia a dia do paciente, a medida que diminui a resistência ao fluxo aerífero, na respiração nasal. | en |