dc.description.abstract | INTRODUÇÃO: A rinossinusite crônica (RSC) é uma doença comum na população, com documentada repercussão na qualidade de vida e com alto custo direto em saúde pública que engloba consultas médicas, exames complementares e radiológicos, internações hospitalares, cirurgias e tratamento medicamentoso. Apresenta também custos indiretos como diminuição da produtividade no trabalho e absenteísmo. Os dados epidemiológicos sobre rinossinusite crônica são escassos; e as definições de rinossinusite crônica estabelecidas, as metodologias das pesquisas e as taxas de respostas diferem muito entre si. A pesquisa epidemiológica da RSC é importante para avaliar sua distribuição, analisar seus fatores de risco e fornecer dados para promoção de políticas de saúde pública, entretanto não existem dados epidemiológicos sobre a prevalência desta doença em nossa população. MÉTODO: Foi realizado um inquérito transversal de base populacional (survey) com plano de amostragem complexo realizado em dois estágios: setor censitário e domicílio. Entrevistas foram conduzidas pessoalmente, através de entrevistadores treinados, em 2003 indivíduos com idade de 12 anos ou mais, residentes da cidade de São Paulo. O questionário incluiu o diagnóstico de rinossinusite crônica segundo os critérios epidemiológicos estabelecido pelo EP3OS. Dados demográficos, diagnóstico médico autorreferido de doenças respiratórias (asma, sinusite, rinite), tabagismo, renda familiar, nível educacional e características do domicílio também foram incluídas. RESULTADOS: A taxa de resposta total foi de 87,8%. A idade média foi de 39,8 anos (DP= 21, 12-92), 45,33% do sexo masculino. A prevalência da rinossinusite crônica na cidade de São Paulo foi de 5,51% (IC 95%=3,99-7,58). Não existiu uma diferença estatisticamente significativa na prevalência segundo o sexo. Foi encontrada uma associação estatisticamente significativa do diagnóstico de RSC com o diagnóstico de asma (OR=3.88), de rinite (OR=5,02) e com o subgrupo de baixa renda (OR=2,28) As prevalências de RSC segundo o estado tabágico (p=0,43), consumo tabágico em anos.maço (p=0,26) e tabagismo passivo intradomiciliar (p=0,18) não apresentaram uma diferença estatisticamente significativa. CONCLUSÃO: A prevalência estimada de RSC na população da cidade de São Paulo é de 5,51% (aproximadamente 500.000 indivíduos). Foi encontrada associação com rinite, asma e com o subgrupo de baixa renda. Não houve associação com tabagismo | |