dc.description.abstract | A presente pesquisa teve como objetivo verificar se o tempo de execução do exercício de vibração sonorizada de língua interfere nas respostas perceptivoauditivas e acústicas da voz em mulheres com nódulos vocais. Além disso, se propôs identificar em qual momento há predomínio de respostas vocais positivas e negativas ao longo de sete minutos de execução deste exercício. Para tanto, participaram da pesquisa 27 mulheres, com idade entre 18 e 45 anos, disfônicas, com nódulos de pregas vocais. Todos os sujeitos da pesquisa foram incluídos no Grupo Experimental (GE), o qual realizou o Exercício de Vibração Sonorizada de Língua (EVSL) e apenas dez deles participaram também do Grupo-Controle (GC), onde foi feito o exercício placebo. Ambos foram realizados por sete minutos. As vozes foram registradas antes e após o primeiro, terceiro, quinto e sétimo minutos de execução dos exercícios e analisadas perceptivo- auditiva e acusticamente. Na análise perceptivo-auditiva, elas foram estudadas individualmente por meio do Protocolo CAPEV e aos pares, de forma comparativa, com a identificação da melhor voz para cada par examinado. Na análise acústica, utilizou-se o software VoxMetria versão 2.7h da CTS Informática na função Qualidade Vocal. Foram considerados os valores de frequência fundamental, jitter, shimmer, Glottal to Noise Excitation (GNE), irregularidade e ruído. De acordo com os resultados do CAPEV, o Exercício de Vibração Sonorizada de Língua (EVSL) provocou mudanças estatisticamente significantes em sete dos nove parâmetros investigados. A aplicação do teste estatístico ANOVA mostrou que no momento 5 (após o quinto minuto de execução do EVSL), a voz apresentou-se com melhor grau geral (p = 0,0004), menor rugosidade (p = 0,007), menor soprosidade (p < 0,001) e pitch agudo (p < 0,001). Porém, no momento 7 (após o sétimo minuto), a tensão apresentou-se significativamente mais alta (p = 0,016) em comparação a todos os outros momentos. Na análise pareada, houve prevalência de melhora vocal no pós-exercício em todos os momentos, com exceção do 7°. Não houve diferença estatisticamente significante entre os momentos 1 e 3. As vozes no momento 5 foram consideradas melhores do que nos momentos 3 (p = 0,013) e 7 (p = 0,013) no Grupo Experimental. Na análise acústica do grupo experimental houve aumento gradativo da frequência fundamental (p = 0,0030) e do GNE (p = 0,0011) após o terceiro minuto e diminuição do ruído (p = 0,0013) a partir do primeiro. Tanto na análise perceptivo-auditiva quanto na acústica, os resultados do Grupo Experimental foram superiores aos encontrados no Grupo-Controle no que diz respeito às melhoras vocais. Os resultados da presente pesquisa demonstram que o tempo de realização do EVSL interfere nas respostas vocais em mulheres disfônicas, sendo que no momento 5 há predomínio de respostas positivas em comparação aos momentos 1, 3 e 7. No 7, há aumento de tensão vocal e queda no desempenho do exercício. | |