Tesehttp://digital.bibliotecaorl.org.br/handle/forl/322024-03-28T23:23:26Z2024-03-28T23:23:26ZAcometimento do epitélio olfatório pela doença de Alzheimer: um estudo de correlação clínico-patológicaGodoy, Maria Dantas Costa Limahttp://digital.bibliotecaorl.org.br/handle/forl/2172020-07-01T21:04:27Z2015-01-01T00:00:00ZAcometimento do epitélio olfatório pela doença de Alzheimer: um estudo de correlação clínico-patológica
Godoy, Maria Dantas Costa Lima
A doença de Alzheimer (DA) é caracterizada por declínio cognitivo e funcional progressivo e constitui-se como a forma mais prevalente de demência. O diagnóstico da DA é realizado atualmente, exclusivamente por meio de critérios clínicos. No entanto, a manifestação clínica da DA é precedida por um longo período assintomático, com depósito silencioso das proteínas tau e -amiloide no tecido cerebral. Evidências recentes demonstram que a mucosa olfatória, estrutura periférica e facilmente acessível também está acometida na DA, podendo representar um bom método de diagnóstico preciso e precoce desta moléstia. Os objetivos desse estudo consistem em correlacionar a prevalência das proteínas tau e -amiloide no epitélio olfatório (EO) com os estágios clínicos e neuropatológicos da doença e determinar a sensibilidade e especificidade dos achados no EO para o diagnóstico da DA em seus diferentes estágios de evolução. Para tal fim, é proposto estudo post-mortem, com avaliação de 92 tecidos cerebrais de indivíduos com idade igual ou superior a 50 anos, provenientes do Banco de Encéfalos Humanos do Grupo de Estudos em Envelhecimento Cerebral da Universidade de São Paulo, com coleta dos blocos de mucosa olfatória no momento da autópsia. A avaliação cognitiva foi realizada por meio de entrevista com informante de convívio próximo com o falecido, aplicando as escalas CDR e IQCODE. A avaliação neuropatológica do encéfalo e do EO foi realizada por meio de técnicas de . Os casos foram classificados mediante critério neuropatológico do CERAD e do estadiamento de Braak e Braak para DA. A presença de proteína tau e -amiloide no EO foi correlacionada com os parâmetros clínicos e neuropatológicos obtidos. A análise do EO da concha superior permitiu identificar as proteínas tau e -amiloide com sensibilidade alta, quando comparada com o diagnóstico neuropatológico (>80%) e clínico ( > 90%). Desta forma, a análise para as proteínas tau e - amiloide do epitélio olfatório pode representar um possível biomarcador para diagnóstico da DA
2015-01-01T00:00:00ZAção do estrógeno e progesterona na mucosa nasal humana: avaliação do transporte mucociliar nasal de sacarina e pesquisa de receptores hormonais através de método imuno-histoquímicoBalbani, Aracy Pereira Silveirahttp://digital.bibliotecaorl.org.br/handle/forl/2102020-07-01T21:04:22Z2002-01-01T00:00:00ZAção do estrógeno e progesterona na mucosa nasal humana: avaliação do transporte mucociliar nasal de sacarina e pesquisa de receptores hormonais através de método imuno-histoquímico
Balbani, Aracy Pereira Silveira
Apesar do estudo exaustivo do transporte mucociliar nasal, ainda há dados controversos sobre a influência direta dos hormônios sexuais femininos nesse mecanismo. O presente estudo teve por objetivos: 1. avaliar o transporte mucociliar nasal de sacarina nos sexos masculino e feminino, comparando-o nas fases folicular, periovulatória e lútea de ciclos ovarianos consecutivos e 2. identificar a expressão e a localização dos receptores para estrógeno e progesterona na mucosa nasal humana em conchas nasais inferiores de indivíduos dos sexos masculino e feminino na idade reprodutiva. O transporte mucociliar nasal de sacarina foi avaliado prospectivamente em 14 voluntários não fumantes, sem queixas nasais, com idades entre 15 e 30 anos (7 homens e 7 mulheres, com média de idade 23,5 anos). Nas mulheres, o transporte mucociliar nasal de sacarina foi medido nas fases folicular, periovulatória e lútea durante dois ciclos ovarianos consecutivos (em cinco casos) ou três ciclos consecutivos (em dois casos). Nos homens, o transporte mucociliar nasal de sacarina foi avaliado em medidas repetidas aleatoriamente três vezes (em dois casos) ou seis vezes (em cinco casos). A expressão dos receptores para estrógeno e progesterona na mucosa nasal humana foi avaliada por método imunohistoquímico, de modo retrospectivo, em conchas nasais inferiores conservadas em formaldeído e fixadas na parafina, arquivadas após a cirurgia de turbinectomia parcial da concha inferior a que foram submetidos 20 pacientes da mesma faixa etária dos voluntários (10 pacientes do sexo masculino e 10 do sexo feminino, com idades entre 15 e 33 anos, média de idade 22,1 anos). Para a imuno-histoquímica utilizaram-se anticorpos monoclonais de camundongo contra receptores para estrógeno (clone 6F11, Novocastra) e para progesterona (clone 16, Novocastra) separadamente. Não houve diferenças significativas no transporte mucociliar nasal de sacarina entre as fases folicular, periovulatória e lútea em ciclos ovarianos consecutivos, nem entre os sexos (p=0,08). Entretanto, considerando-se apenas o primeiro ciclo ovariano, o transporte mucociliar nasal de sacarina foi mais rápido durante a fase folicular (p=0,03). Os receptores para estrógeno e progesterona foram encontrados no citoplasma das glândulas serosas da lâmina própria exclusivamente no sexo masculino (6/10 homens e 3/10 homens respectivamente). Concluindo, o estrógeno e a progesterona não influenciaram as medidas repetidas do transporte mucociliar nasal de sacarina em indivíduos sem queixas nasais. Contudo, os receptores para estrógeno e progesterona foram encontrados nas glândulas seromucosas da lâmina própria no sexo masculino, indicando que ambos os hormônios poderiam agir diretamente sobre a produção do muco nasal.
2002-01-01T00:00:00ZAspectos clínicos, imunológicos e terapêuticos da leishmaniose mucosaLessa, Marcus Mirandahttp://digital.bibliotecaorl.org.br/handle/forl/4942023-08-15T06:00:27Z2021-01-01T00:00:00ZAspectos clínicos, imunológicos e terapêuticos da leishmaniose mucosa
Lessa, Marcus Miranda
A leishmaniose mucosa (LM) é causada predominantemente por Leishmania braziliensis. A doença é caracterizada pelo desenvolvimento de lesões sobretudo na mucosa nasal e, nas formas mais graves, pode levar à destruição significativa do tecido. Não existe um método padrão para classificar a gravidade da doença. Uma resposta inflamatória exacerbada foi associada à presença de lesões destrutivas e desfigurantes. Como a Leishmania é um parasita intracelular, a maioria dos estudos imunológicos enfatiza a resposta imune mediada por células, enquanto relativamente poucos estudos objetivam investigar o papel dos anticorpos na proteção ou na patologia da LM. A falha terapêutica ocorre em até 42% dos casos. Os pacientes que apresentam falha no tratamento precisam de mais de um curso de antimônio pentavalente (Sbv) ou medicamentos alternativos para obter a cura. Apesar da intervenção fonoterapêutica poder ajudar pacientes com sequela de LM e disfonia, há apenas um estudo sobre a terapia fonoaudiológica nesses casos. Quatro diferentes estudos foram realizados com os objetivos de: propor um estadiamento clínico para a doença nasal; correlacionar os títulos de anticorpos com a gravidade da doença da mucosa; avaliar o papel da pentoxifilina associada à terapia convencional com antimônio pentavalente no tratamento da LM; caracterizar a voz e verificar a resposta vocal à intervenção fonoterapêutica nos pacientes com sequela de LM. No estudo 1, foram categorizados cinquenta pacientes com LM, de acordo com um sistema de estadiamento clínico proposto; os diferentes graus de evolução da doença da mucosa, desde a fase inicial até os casos mais graves a longo prazo permitiram que a LM fosse graduada em cinco estágios. No estudo 2, 27 pacientes com diagnóstico confirmado de LM foram classificados, de acordo com os critérios de estadiamento clínico; os níveis séricos de anticorpos IgG, IgG1 e IgG2 específicos para Leishmania foram determinados por ELISA; os pacientes nos estágios IV e V produziram maiores concentrações de anticorpos IgG total e IgG1 quando comparados aos dos estágios I e II. No estudo 3, um ensaio duplo-cego controlado por placebo envolvendo 23 pacientes com LM avaliou a eficácia da pentoxifilina quando administrada em associação com Sbv, em comparação com o tratamento com Sbv isolado; 11 pacientes foram randomizados para receber Sbv mais pentoxifilina oral por 30 dias, e 12 pacientes receberam Sbv mais placebo oral, pelo mesmo período; o critério de cura foi a cicatrização total das lesões; todos os pacientes do grupo da pentoxifilina tiveram cura com um ciclo de Sbv, enquanto cinco (41,6%) dos 12 pacientes do grupo placebo necessitaram de um segundo ciclo de Sbv (P = 0,037); o tempo de cura ± desvio-padrão no grupo da pentoxifilina foi 83 ± 36 dias, em comparação com 145 ± 99 dias no grupo do placebo (P = 0,049). No estudo 4, foi realizada a coleta da fonação /a:/ de 44 pacientes com LM e LC para análise perceptual da voz e acústica computadorizada; foi evidenciada a associação estatisticamente significante da astenia de grau 2 (27,7%) nos pacientes com LM. O estadiamento clínico proposto para a doença mucosa em 5 estágios pode ser útil na caracterização da gravidade da lesão e na otimização do resultado terapêutico. Nossos dados demonstram uma associação entre os títulos de anticorpos IgG e a gravidade da doença da mucosa. A adição de pentoxifilina ao Sbv na LM reduz significativamente o tempo de cicatrização e evita a necessidade de novos cursos de Sbv. Por fim, mesmo sem a presença de sequelas de lesões laríngeas, pacientes com LM podem apresentar distúrbios vocais causados por sequelas de lesões nasais ou em outros locais e a intervenção fonoterapêutica beneficia a voz desses pacientes.
2021-01-01T00:00:00ZAvaliação por endoscopia de contato do papiloma invertido schneideriano e do carcinoma espinocelular nasossinusalPrado, Flavio Augusto Passarellihttp://digital.bibliotecaorl.org.br/handle/forl/2262020-07-01T21:04:36Z2010-01-01T00:00:00ZAvaliação por endoscopia de contato do papiloma invertido schneideriano e do carcinoma espinocelular nasossinusal
Prado, Flavio Augusto Passarelli
Introdução: A endoscopia de contato (EC) foi um exame descrito inicialmente como método de analise da histologia uterina e das cordas vocais. Os primeiros estudos utilizando a EC nas cavidades nasais mostraram resultados promissores na diferenciação de lesões benignas, considerando que a biópsia tradicional pode trazer algumas complicações. Objetivo: Descrever e comparar os achados da EC no papiloma schneideriano invertido e no carcinoma espinocelular nasossinusal e testar a efetividade do exame como método não invasivo in vivo para diferenciação entre esses tumores. Métodos: Os pacientes inclusos no estudo foram divididos em grupo A, com diagnóstico de papiloma invertido e grupo B, com diagnóstico de carcinoma espinocelular. Os resultados da EC de cada lesão foram comparados entre si. As imagens gravadas dos exames foram apresentadas à examinadores sem experiência com a EC. Resultados: Um total de vinte e dois pacientes foram examinados, treze no grupo A e nove no grupo B. As principais diferenças nos achados da EC entre os dois grupos foram: presença de vasos espiralados, mitoses, queratinização e pleomorfismo nuclear no carcinoma e presença de células vacuolizadas no papiloma. Os examinadores, mesmo não habituados a este novo método, tiveram um bom índice de acerto no diagnóstico diferencial das duas lesões nasais, baseados apenas nas imagens da EC. Conclusão: A EC pode ser um exame não invasivo e in vivo útil para o diagnóstico diferencial entre o papiloma invertido e o carcinoma espinocelular nasossinusal, principalmente quando usado no planejamento pré-operatório do paciente.
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