Eletrococleografia para avaliação e monitorização de adultos com audição residual e submetidos ao implante coclear
Tipo de acesso
Acesso aberto
Data
2021-10-25Autor
Sousa, Natália Cândido de
Orientador
Bento, Ricardo Ferreira
Tipo
Tese de Doutorado
Instituição
Universidade de São Paulo
Faculdade
Faculdade de Medicina
Metadata
Mostrar registro completoResumo
INTRODUÇÃO: O aprimoramento tecnológico dos aparelhos de implante coclear aliado a técnicas cirúrgicas minimamente traumáticas têm permitido que pacientes com audição residual e com indicação de cirurgia sejam implantados com eletrodos convencionais com boas chances de preservação auditiva. A possibilidade de melhores resultados audiológicos nestes pacientes, após a cirurgia, tem tornado essencial a monitorização da audição residual e, por conseguinte, da função coclear, antes, durante e após a realização do implante. Desta forma, a eletrococleografia (EcoG) ganha destaque, por tratar-se de um método objetivo capaz de obter respostas elétricas da cóclea com boa amplitude de sinal tanto na orelha média, através da EcoG transtimpânica (EcoGTT), quanto na orelha interna, por meio da EcoG intracoclear (EcoGI). O objetivo deste estudo é analisar a viabilidade da eletrococleografia (EcoG) para avaliação e monitorização de adultos com audição residual e submetidos ao implante coclear. MÉTODO: As respostas da eletrococleografia transtimpânica (EcoGTT) a tone bursts com fases alternadas de 250, 500 e 1000 Hz foram registradas antes da cirurgia em 10 pacientes com audição residual na orelha definida para o implante. O procedimento cirúrgico, utilizando a técnica de soft surgery, foi realizado em todos os pacientes, e a eletrococleografia intracoclear (EcoGI) intraoperatória foi registrada durante e após a inserção do feixe de eletrodos na cóclea. As médias dos limiares de microfonismo coclear (MC) na EcoGTT e na EcoGI, nas frequência de 250, 500 e 1000Hz, foram relacionadas com as médias dos limiares da audiometria tonal, realizada antes e após 3 e 12 meses da cirurgia, nas mesmas frequências. RESULTADOS: Todos os pacientes apresentaram MC na EcoGTT pré-operatória. Uma média de 0,3 dB foi observada entre os limiares audiométricos e os limiares da EcoGTT no préoperatório. Uma perda auditiva média de 37,5 dB e 43 dB foram observadas após 3 meses e 12 meses de cirurgia, respectivamente, em comparação com limiares audiométricos tonais pré-operatórios. Uma média de 0,5 dB foi observada entre os limiares estimados na EcoGI intraoperatória e os limiares tonais audiométricos após 12 meses de cirurgia. CONCLUSÃO: A eletrococleografia (EcoG) mostrou-se eficiente para avaliar e monitorizar a audição residual em pacientes submetidos ao implante coclear, fornecendo importantes informações eletrofisiológicas da cóclea durante as diferentes etapas da cirurgia.
Palavras-chave
Audição residual Audiometria de resposta evocada Implante coclear Limiar auditivo Potenciais microfônicos da cóclea Preservação auditiva Audiometry evoked response Auditory threshold Cochlear implant Cochlear microphonic potentials Hearing preservation Residual hearing
Coleções
- Tese [76]