Avaliação do trauma intracoclear causado pela inserção do feixe de eletrodos do implante coclear via fossa média em ossos temporais
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Data
2017Autor
Cisneros Lesser, Juan Carlos
Orientador
Brito Neto, Rubens Vuono de
Tipo
Tese de Doutorado
Instituição
Universidade de São Paulo
Faculdade
Faculdade de Medicina
Metadata
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Introdução: O acesso pela via da fossa craniana média para colocação do implante coclear provou ser uma alternativa valiosa em pacientes com otite média crônica e cavidades de mastoidectomia instáveis, cócleas parcialmente ossificadas e em alguns casos de displasia do ouvido interno. Até hoje não existem pesquisas que descrevam se a inserção do feixe de eletrodos pela via da fossa média pode ser feita com um mínimo de traumatismo intracoclear, comparável ao observado nas inserções pela janela redonda. Objetivo: Avaliar o trauma intracoclear com dois modelos distintos de implante quando o feixe de eletrodos é inserido por cocleostomia na fossa craniana média em ossos temporais. Método: 20 ossos temporais retirados antes de 24 horas pós-óbito, foram implantados através do local da cocleostomia no giro basal da cóclea identificado no assoalho da fossa cerebral média. Dez peças receberam um implante reto e dez um pré-curvado, e foram fixadas em resina epóxi. Foi realizada tomografia computadorizada para determinar a colocação adequada do feixe eletrodos, profundidade de inserção e a distância entre a janela redonda e a cocleostomia. Por último, as peças foram polidas em série, tingidas e visualizadas por estereomicroscópio para avaliar a posição do feixe e trauma intracoclear. Resultados: A tomografia mostrou um posicionamento intracoclear do feixe de eletrodos nas 20 peças. No grupo dos implantes retos a média de eletrodos inserido foi 12,3 (10 a 14) e dos pré-curvados 15,1 (14 a 16) com uma diferença significativa (U=78, p=0,0001). A mediana de profundidade de inserção foi maior para o eletrodo pré-curvado (14,5mm) que para o reto (12,5mm) com diferenças estatisticamente significativas (U = 66, p = 0,021). Só uma das 20 inserções foi atraumática e 70% tiveram graus de trauma altos (grau 3 ou 4). Não foram observadas diferenças significativas do grau de trauma entre os dois tipos de feixes nem quando as inserções foram no sentido da janela redonda, comparado com o sentido do giro médio. Conclusões: A técnica cirúrgica utilizada permitiu a inserção do feixe de eletrodos na cóclea em todas as peças, porém sem garantir uma inserção na escala timpânica e com alto risco de trauma nas microestruturas da cóclea
DOI
10.11606/T.5.2017.tde-03052017-152606
Áreas do conhecimento
Otologia
Palavras-chave
Cadaver Cochlea/damage Cochlear implant Computed tomography Humans Implanted electrodes/adverse effects Inner ear Middle cranial fossa/surgery Middle cranial fossa/anatomy & histology Sensorineural hearing loss/surgery Sensorineural hearing loss Sensorineural hearing loss/rehabilitation Temporal bone/anatomy & histology Temporal bone/surgery Cadáver Cóclea/lesões Eletrodos implantados/efeitos adversos Fossa craniana média/anatomia & histologia Fossa craniana média/cirurgia Humanos Implante coclear Orelha interna Osso temporal/anatomia & histologia Osso temporal/cirurgia Perda auditiva Perda auditiva neurossensorial neurossensorial/cirurgia Perda auditiva neurossensorial/reabilitação Tomografia computadorizada por raios X
URI
https://digital.bibliotecaorl.org.br/handle/forl/149https://doi.org/10.11606/T.5.2017.tde-03052017-152606
Coleções
- Tese [76]